A Grande necessidade de Avivamento

“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os vossos servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Joel 2.28-32a.

A maior necessidade dos cristãos e das igrejas, atualmente, é o genuíno avivamento espiritual – avivamento que não vem de homens, mas do próprio Deus. Sempre que Ele, o Senhor, toca o seu povo, vidas são mudadas e os fiéis passam a experimentar novo poder para cumprir o Grande Mandato que foi proposto à igreja.

O avivamento é a fagulha que incendeia como diz estrategicamente a Palavra de Deus em Tiago 3.5b: “Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!”

 Robert Coleman, em seu livro A Chegada Do Avivamento Mundial, afirma que o avivamento deveria ser a situação normal do povo de Deus e não um evento esporádico e de tempos em tempos. Com muita freqüência, o pecado torna-nos complacentes, embotando-nos a sensibilidade espiritual e bloqueando os canais por onde fluem as bênçãos divinas.

Somente quando percebemos nossa necessidade de arrependimento, e buscamos o perdão e o poder de Deus, é que nos fazemos aptos a conhecer toda a dimensão da nova vida que Ele nos tem reservado. Avivamento também implica em ver o mundo como Deus o vê na medida em que alcançamos as pessoas com o Evangelho e com os serviços de amor em prol dos necessitados do mundo. Avivamento é a força de Deus que nos leva a cumprir nossa missão como igreja sobre a face da Terra.

AVIVA, Ó SENHOR A TUA OBRA
Há mais de 2500 anos, o profeta Habacuque clamou desesperadamente: “... aviva, ó Senhor, a tua obra no decorrer dos anos...” Habacuque 3.2b. Que esse também possa ser o clamor de todo crente sincero em busca da intervenção divino em nosso meio.

Em todo lugar, o povo genuíno de Deus anseia intensamente por algo novo na vida da igreja. Há muitos jogos de cena nos grandes ajuntamentos, mas não há poder. Para muitos, a emoção da devoção pessoal se foi e ficou apenas um simulacro aparente de fé. A alegria do Senhor desapareceu; não há propósito em nossa caminhada, não há vigor em nossa alma. O que reina é uma monotonia sem vida apesar da aparência exterior dos grandes movimentos.

A todo o momento, o mundo mergulha mais e mais no pecado. Multidões se aglomeram nos grandes templos e apesar disso estão sem rumo ou mesmo sem conhecimento de sua verdadeira natureza em Cristo. O caráter sagrado do lar e da família é profanado. O espírito de anarquia envolve a terra como denso nevoeiro.

Mas o dia do acerto final está chegando. O declínio moral e espiritual tem limites. Está chegando o tempo de removermos a insensatez de nossos caminhos. Estamos começando a assistir a desintegração de nossas instituições sociais mais importantes. A menos que algo aconteça para mudar o rumo de tudo isso, a civilização que conhecemos não poderá resistir e há desaparecer de forma terrível.

É interessante lembrar que, geralmente, é em momentos críticos que nascem os grandes avivamentos. Nosso sentimento de incapacidade, devidamente direcionado, pode tornar-nos mais sensíveis à necessidade da graça sobrenatural de Deus. Quando chegam as trevas da noite é que descobrimos que o céu está forrado de estrelas. Épocas de grandes perigos parecem caminhar junto com o derramar do Espírito. É difícil saber se pertencemos ou não a essa última geração, mas qualquer que seja o plano divino nós estamos vivendo dias de tremenda oportunidade espiritual.  De fato, podemos ser parte do povo que verá o tão esperado derramamento do Espírito sobre toda a Terra, antes do grande e glorioso dia do Senhor.

Mesmo agora, em meio às sombras de se amontoam, surgem alguns sinais encorajadores. Apesar dos muitos que continuam superficialmente em suas atividades religiosas, um crescente número de fiéis está buscando algo mais profundo. Talvez não sejam teólogos, mas sabem que Deus está vivo e anseiam por conhecê-lo em um relacionamento vivo e dinâmico. Ritos cerimoniais e chavões evangélicos, mesmo os mais bonitos e atraentes, não satisfazem o anseio espiritual do povo de Deus. Nem o brilho de grandes catedrais, grandes orçamentos financeiros e grandes programações respondem ao clamor de seus corações por uma realidade espiritual mais profunda.

Chame a isso do que quiser, mas os crentes sinceros estão buscando o verdadeiro avivamento. Desejam e buscam uma transformação regida por Deus, que ocorre no interior do ser e alcança todas as estruturas da vida e cultura de uma nação. Eis o desafio colocado diante de nós, como cristãos militantes. A menos que o encaremos corajosamente, seremos irrelevantes diante das necessidades de nosso tempo. Para cada tempo existem os atores que desempenham um papel de relevância, seria esse porventura o nosso tempo?



Autor: Pr. Epaminondas M. Pinho